O atleta paraibano Giovane Montenegro recebeu com alegria a confirmação de sua primeira convocação para a Seleção Brasileira de Futebol de Cego.
O goleiro de 28 anos de idade, que é natural de João Pessoa-PB, foi convocado pela primeira vez e irá defender o país no Desafio das Américas, que será disputado entre os dias 05 à 09 de Julho, em São Paulo.
Giovane Montenegro atualmente integra o a equipe do Instituto de Cegos da Bahia (ICB) e vem se destacando na meta na modalidade do futebol. Por ser goleiro, a modalidade do futebol de cego, é a única posição que permite atuar com 100% de visão e não pode ter participado de competições oficiais da Fifa nos últimos cinco anos.
Nas redes sociais o goleiro paraibano agradeceu pela convocação. “Eu te amo meu Deus, nossa Senhora de Fátima. Gratidão por tudo. Quero agradecer a minha mãe, meu pai, minha esposa e à todos pelo carinho e pelas orações, sem vocês eu nada seria. Gratidão à todos que me ajudaram a chegar até aqui!”, agradeceu Giovane.
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O esporte é disputado por atletas do sexo masculino cegos. Cada time é formado por cinco jogadores — um goleiro e quatro na linha. Os atletas disputam a partida com uma venda nos olhos. O goleiro tem visão total e não pode ter participado de competições oficiais da Fifa nos últimos cinco anos.
As partidas, normalmente, são em uma quadra de futsal adaptada, mas, desde os Jogos Paralímpicos de Atenas 2004, também têm sido praticadas em campos de grama sintética. Junto às linhas laterais, são colocadas bandas que impedem que a bola saia do campo. O jogo é dividido em dois tempos de 20 minutos, com 10 minutos de intervalo.
A bola tem guizos internos para que os jogadores consigam localizá-la. Há, ainda, um membro da comissão técnica, conhecido como chamador, que fica atrás do gol adversário para orientar quando o seu time está no campo de ataque. Ele dá orientações sobre a posição do gol, posicionamento do adversário, melhores opções de jogadas e outras informações úteis Já o técnico tem a responsabilidade de orientar a equipe quando ela está no terço do meio da quadra e o goleiro orienta os jogadores na defesa.
Entre as regras, está a proibição de tocar na venda nos olhos e a obrigação de dizer a palavra espanhola “voy” (vou, em português), sempre que forem em direção à bola, na tentativa de se evitar choques. Quando o juiz não ouvir, ele marca falta contra a equipe cujo jogador não disse a palavra. Com cinco infrações, o atleta é expulso de campo e pode ser substituído por outro jogador. A partir da sexta falta, é cobrado um tiro livre da linha de oito metros — chamado duplo-pênalti — ou do local onde foi sofrida a falta. De modo geral, o restante das regras são similares ao futsal.
Cariri Esporte