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Treze faz assembleia com credores e falta de acordo pode decretar falência do clube

O Treze viverá nesta quarta-feira (3), um dos dias mais decisivos de sua história. É que está programada para às 15h, no Estádio Presidente Vargas, uma assembleia geral com os credores do clube, que vai decidir sobre a proposta de pagamento da dívida acumulada pelo Galo da Borborema ao longo dos anos, avaliada pela diretoria em aproximadamente R$ 31 milhões.

Segundo um dos diretores do clube, Cláudio Killa, em vídeo publicado nas redes sociais do Galo, o encontro pode representar o divisor de águas para o futuro do Alvinegro.

“Esse ano em campo nós ficamos muito longe de dar ao Treze o centenário que o clube merece. Mas ainda assim, é um dia muito importante, que pode selar o futuro do clube”, declarou.

O dirigente lamentou o momento e frisou que a atual gestão não foi responsável pela geração dessa dívida, mas que assumiu o compromisso de buscar uma saída, com a perspectiva de garantir um futuro para o Treze.

“Essa diretoria trabalhou nos últimos dois anos levantando valores devidos, fazendo e pagando acordos quando possível e agora negociando com o grupo de credores que se habilitou para esse momento”, disse.

Entenda a proposta

A proposta que será votada prevê um escalonamento nos pagamentos, com prioridade para credores menores. Dívidas trabalhistas com valor de até R$ 100 mil a receber, por exemplo, terá direito a 50% do valor, a ser pago em até quatro anos. Já os maiores valores vão receber percentuais progressivamente menores.

Caso seja aprovada, a primeira parcela do acordo — prevista para 2026 — será de pouco mais de R$ 1 milhão. “É muito duro, mas se a dívida for controlada e reduzida ao patamar médio de 25% do que está hoje, sabemos que vale a pena o esforço”, explicou Killa.

O risco da falência

Cláudio Killa ressaltou que o clube chegou ao limite e que, sem a aprovação, existe a possibilidade real de falência.

“Se os credores não aceitarem esse acordo, há risco da falência do clube ser decretada. Isso é uma solução tola e em que todo mundo perde. Pouquíssima gente vai receber o que tem de direito e o próprio Treze ficaria em situação delicadíssima até para funcionar”, alertou.

Apesar das dificuldades, o dirigente reforçou que a recuperação judicial é a única forma de dar previsibilidade e atrair investidores no futuro.

“É preciso enfrentar esse problema. Infelizmente a decisão já não depende só do Treze. Mas sabemos o quanto é importante superar de vez essa questão para que um futuro sustentável se abra novamente”, finalizou.

Cariri Esporte

Portal Correio

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