A segunda passagem de Oliveira Canindé no Campinense chegou ao fim. Contratado em agosto do ano passado e tido como um dos principais nomes do atual time da Raposa, o comandante acertou sua saída do clube nesta semana. A informação foi confirmada neste sábado pelo próprio treinador e posteriormente pelo clube. O motivo: falta de dinheiro para mantê-lo.
– Eu saí do clube pois não tinham como me pagar. O presidente ligou para mim nessa quinta-feira e nós acertamos meu desligamento – afirmou Canindé.
Junto de Canindé, quem também deixou o Campinense foi o treinador de goleiros Wellington Recife. Antes deles, o auxiliar Orlando Júnior já havia saído do clube. Aos 54 anos, o comandante fazia sua segunda passagem pela Raposa. Em oito jogos disputados nesta temporada, conquistou quatro vitórias, dois empates e acumulou duas derrotas, totalizando 58% de aproveitamento dos pontos disputados e deixando o Rubro-Negro com a classificação encaminhada para a segunda fase do Campeonato Paraibano.
Em nota, o Campinense também confirmou o desligamento do treinador e alegou dificuldades financeiras para mantê-lo em meio à pandemia do novo coronavírus. A delicada situação financeira vivida pela Raposa, aliás, não é novidade. Desde o ano passado, o clube enfrenta dificuldades orçamentárias. Dificuldades que se agravaram com a paralisação do futebol, em virtude do isolamento social – medida, que segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é a mais eficaz no combate à disseminação da Covid-19.
Bastante identificado com o Campinense, Oliveira Canindé voltou ao clube em 2019, com status de campeão após uma primeira passagem vitoriosa pelo clube. Em sua primeira passagem, aliás, conquistou o maior título da história da Raposa, a Copa do Nordeste de 2013. Na conquista, teve papel fundamental e foi eleito o melhor treinador da competição regional daquele ano.
Globoesporte.com / Foto: Samy Oliveira / Campinense